Cem anos de dependência (e contando): Vocação latina para a transformação global
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14501907Palavras-chave:
Desenvolvimento, Decolonização, Neo-Extrativismo, América Latina, Economia EmergenteResumo
A América Latina teve sua formação territorial alterada pelo processo de colonização. Isso implicou uma sociedade com problemas socioambientais e uma economia fragilizada, dependente da extração e exportação de commodities. Durante décadas, cientistas, políticos e empreendedores buscaram encontrar modos de vida e atividades produtivas que sanassem esses problemas. Nesta breve pensata, colocamos sob perspectiva o histórico da formação da sociedade latino-americana, suas cadeias produtivas e problemas enfrentados por um direcionamento de desenvolvimento global que intensificou os problemas latinos. Ao mesmo tempo, abre-se processo de reflexão sobre as possibilidades existentes hoje para que a América Latina seja protagonista do seu próprio desenvolvimento. A discussão aponta que uma ressignificação do conhecimento do norte global pode oportunizar um desenvolvimento para dentro e de baixo para cima, ao mesmo tempo em que abre oportunidades para a discussão de como desenvolver lideranças e mercados que respeitem a sua vocação e identidade própria.
Downloads
Referências
Acemoglu, D. (2003). Root Causes: A historical approach to assessing the role of institutions in economic development. Finance & Development.
Acosta, A. (2016). O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos (Trad. T. Breda). São Paulo: Autonomia Literária/Elefante.
Acserald, H. (2018). Territórios do capitalismo extrativista: a gestão empresarial de “comunidades”. In H. Acserald, (Org.), Políticas territoriais, empresas e comunidades: o neoextrativismo e a gestão empresarial do “social” (pp. 33-60). Rio de Janeiro: Garamond.
Araóz, H. M. (2020) Mineração, genealogia do desastre: o extrativismo na América como origem da modernidade. São Paulo: Elefante. 324 p
Badeeb, R. A., Lean, H. H., & Clark, J. (2017). The trajectory of the natural resource curse thesis: A critical literature survey. Resources Policy, 51, 123-134. DOI: 10.1016/j.resourpol.2016.10.015
Banerjee, S. B. & Arjaliès, D.-L. (2021) Celebrating the End of Enlightemnment: Organization Theory in the Age of the Antropecene and Gaia (and why neither is the solution to our ecological crisis). Organization Theory, 2(4), 1-24. https://doi.org/10.1177/26317877211036714
Britto, V. (2024, August 21). Em 2022, Brasil tinha 14,6 milhões de microempreendedores individuais. Agência de Notícias IBGE. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/41046-em-2022-brasil-tinha-14-6-milhoes-de-microempreendedores-individuais
Chowdhury, Rashedur. (2019) Critical essay: (In)sensitive violence, development, and the smell of the soil: Strategic decision-making of what? Human Relations 1–22
Costa, S. de S. G. (2009). Governamentalidade neoliberal, Teoria do Capital Humano e Empreendedorismo. Educação & Realidade, 34(2).
Corden, W. M., & Neary, J. P. (1982). Booming Sector and De-Industrialisation in a Small Open Economy. The Economic Journal, 92(368), 825. https://doi.org/10.2307/2232670
Davis, G. A., & Tilton, J. E. (2005). The resource curse. Natural Resources Forum, 29(3), 233-242. https://doi.org/10.1111/j.1477-8947.2005.00133.x
Fals Borda, O. (1987). Ciencia propia y colonialismo intelectual: los nuevos rumbos (3a ed.). Bogotá: Carlos Valencia.
Fals Borda, O. (1994). El Problema de como investigar la realidad para transformarla por la praxis (7a ed.). Colombia: Tercer Mundo.
Faria, Alex. (2024). Reaprendendo a decolonizar (cada vez) mais e recolonizar (cada vez) menos dentro e fora da academia e da organização. Cadernos Ebape.
Foucault, Michel. (1978) Segurança, território e população: curso dado no Collège de France (1977-1978) São Paulo: Martins Fontes, 2008.
Franko, P. (2019). The puzzle of Latin American economic development (4th ed.). Rowman & Littlefield.
Furtado, C. (1974). O mito do desenvolvimento econômico; Subdesenvolvimento e dependência: as conexões fundamentais. In C. Furtado, O mito do desenvolvimento econômico (pp. 68-76; pp. 77-96). São Paulo: Paz e Terra.
Gaulejac, V. de. (2007). Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Ideias & Letras.
Greco, S. M. de S. S., Lima, E. de O., Inácio Júnior, E., Machado, J. P., Guimarães, L. de O., Bastos Júnior, P. A., Lopes, R. M. A., & Souza, V. L. de. (2023). Global Entrepreneurship Monitor: empreendedorismo no Brasil 2022. In Pesquisa GEM - Global Entrepreneurship Monitor. https://datasebrae.com.br/wp-content/uploads/2023/11/GEM-BR-2022-2023-Livro-Final.pdf
Greenblatt, S. (2018). Tyrant: Shakespeare on Politics. W. W. Norton & Company.
Gudynas, E. (2015). Extracción y extractivismo: conceptos y definiciones. In E. Gudynas, Extractivismos: ecologias, economia y política de un modo de entender el desarrollo y a la naturaleza (pp. 9-30). Cochabamba: CEDIB.
Harvey, D. (2008). Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. Edições Loyola.
Huntington, S. P. (1993). The clash of civilizations? Foreign Affairs, 72(3).
Krenak, A. (2020). Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras.
Márquez, G. G. (1982, December 8). The solitude of Latin America. Nobel Lecture - NobelPrize.Org. https://www.nobelprize.org/prizes/literature/1982/marquez/lecture/
Moreira Silva, J. P., Siffert, P. V., & Guimarães, L. de O. (2022). O empreendedor institucional brasileiro: inovador, herói arquetípico ou ambos? Anais Do XLVI Encontro Da ANPAD - EnANPAD 2022.
Moreira Silva, J. P., & Sztando, A. (2023). Accessing Contexts and Approaches for Entrepreneur-ship: The Impact of COVID-19 on Brazil’s Entrepreneurial Environmen. Ekonomia XXI Wieku, 2023(26).
Moura, B. de F. (2024, April 19). Renda dos 10% mais ricos é 14,4 vezes superior à dos 40% mais pobres. Agência Brasil. https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-04/renda-dos-10-mais-ricos-e-144-vezes-superior-dos-40-mais-pobres
Nicholson, L., & Anderson, A. R. (2005). News and Nuances of the Entrepreneurial Myth and Metaphor: Linguistic Games in Entrepreneurial Sense–Making and Sense–Giving. Entrepreneurship Theory and Practice, 29(2), 153–172. https://doi.org/10.1111/j.1540-6520.2005.00074.x
Ogbor, John. O. (2000). Mythicizing and reification in entrepreneurial discourse: ideology-critique of entrepreneurial studies. Journal of Management Studies, 35(7), 605–635.
Prebisch, R. (1962). O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus problemas principais.
Rodrigues, A. C., & Rodrigues, S. B. (2019). Riqueza Mineral, Instituições Fracas e Clientelismo: A Maldição dos Recursos Naturais nos Governos Locais . Revista de Contabilidade e Organizações, 13(1), 1-21.
Sahut, J. M., Iandoli, L., & Teulon, F. (2021). The age of digital entrepreneurship. Small Business Economics, 56(3), 1159–1169. https://doi.org/10.1007/s11187-019-00260-8
Santos, T. dos. (2015). Teoria da dependência: Balanço e perspectivas (pp. 17-37). Florianópolis: Insular
Siffert, P. V., Silva, J. P. M., & Guimarães, L. de O. (2022). UMA CRÍTICA AO EMPREENDEDORISMO COMO INSTRUMENTO DA IDEOLOGIA NEOLIBERAL: Avançando a compreensão de caminhos alternativos. Anais Do XLVI Encontro Da ANPAD - EnANPAD 2022, 1–15.
Smith, Adam. (1983). A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Abril Cultural.
Skidmore, T. E. (2004). Brasil Persistent Income Inequality: Lessons from History. Latin America Politics and Society, 46(2).
Sørensen, B. M. (2008). ‘Behold, I am making all things new’: The entrepreneur as savior in the age of creativity. Scandinavian Journal of Management, 24(2), 85–93. https://doi.org/10.1016/j.scaman.2008.03.002
Svampa, M. (2019). As fronteiras do neoextrativismo na América Latina: conflitos socioambientais, giro ecoterritorial e novas dependências. São Paulo. Elefante. 192 p.,
Tragtenberg, M. (2004). Administração, poder e ideologia (3rd ed.). Editora Unesp.
Zhang, W. (2012). The China wave: Rise of a civilizational state. World Century Publishing Corporation.

Publicado
Versões
- 2024-12-18 (2)
- 2024-12-18 (1)
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Fundamentos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Usted es libre de:
- Compartir — copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato
- Adaptar — remezclar, transformar y construir a partir del material
- La licenciante no puede revocar estas libertades en tanto usted siga los términos de la licencia
Bajo los siguientes términos:
- Atribución — Usted debe dar crédito de manera adecuada , brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios . Puede hacerlo en cualquier forma razonable, pero no de forma tal que sugiera que usted o su uso tienen el apoyo de la licenciante.
- NoComercial — Usted no puede hacer uso del material con propósitos comerciales .
- CompartirIgual — Si remezcla, transforma o crea a partir del material, debe distribuir su contribución bajo la la misma licencia del original.
- No hay restricciones adicionales — No puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otras a hacer cualquier uso permitido por la licencia.